Ninguém merece ler por castigo
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Ninguém merece ler por castigo. Geeeez! Não fiz mal a ninguém. Achei que os Pequenos Vigaristas da Gillian Flynn (sim, sim! a autora do Em Parte Incerta - ou Gone Girl) por dez euros era um roubo, um rou-bo! São sessentas páginas, assim muito esticadinhas, porque, para mim, na verdade mais parecem 30! Até que descobri que o mesmo conto da nossa querida e dotada Gillian fazia parte de uma colectânea de contos do George R. R. Martin, a coisa boa é que em vez de um conto a dez euros, estamos aqui a falar de uns vinte contos na ordem dos 12 euros pelo conjunto. A vantagem é óbvia, e é que eu nem pisquei os olhos. Histórias de Aventureiros e Patifes, toda a gente adora um bom patife. Fiz-me à estrada. HOR-RÍ-VEL Not my cup of tea. A única coisa que se aproveita é a história da Gillian Flynn, e.. e... mesmo assim! Mas quer dizer, eu vejo uma espada e sangue na capa! Do que é que eu estava à espera?! Enfim, mete ossos de dragões, bruxos e homens-cogumelo... Eu tentei ler, juro que tentei, mas a certa altura, que dizer ler é suposto ser bom, ser muito bom! Não é para ser um castigo, é para ser um prazer. Eu sigo aquele lema do "se começo um livro, é para acabar", nunca se sabe se o final não vai dar todo um novo significado ao livro que eu por preguiça não o alcanço. Mas desta vez, não deu. Uma, duas, três histórias horríveis, e evaporou-se a esperança. Eu desisti. Com tanta coisa boa para se ler, não vou perder mais do meu valioso tempo com feitiços e mulheres invisíveis.
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